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Desidratação infantil: sintomas e consequências

Atualizado: 22 de nov. de 2021

A desidratação infantil pode causar sérios riscos e deve ser tratada assim que percebida. As crianças levemente desidratadas costumam interagir menos, chorar sem lágrimas e urinar menos de três vezes por dia. Já em casos mais graves, elas ficam sonolentas ou até mesmo apáticas.


Se a criança apresenta os sintomas acima, deve-se procurar um médico. O tratamento para a desidratação dependerá do grau, podendo ser feito com a administração de líquidos via oral ou de forma intravenosa.


É importante lembrar que crianças pequenas muitas vezes não sabem expressar quando estão com sede, por isso é fundamental que os responsáveis ofereçam água regularmente a elas.


Um estudo realizado pela escola de Saúde Pública de Harvard com base nas estatísticas do National Health and Nutrition Examination Survey, entre 2009 e 2012, mostrou que de 4 mil crianças e adolescentes observados, mais da metade sofria de desidratação por consumir pouca água durante o dia. No mesmo estudo, verificou-se que os pais não tinham o hábito de incentivar o consumo do líquido com frequência, apenas em períodos mais quentes.


Recomendações para evitar e identificar a desidratação infantil


Conversamos com a pediatra Camila Marques de Valois Lanzarin, que atua na área de Gastroenterologia Pediátrica e é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para entender quais os possíveis efeitos da desidratação infantil e como podemos evitá-la.


Confira a entrevista:


Quantos litros de água é recomendável que uma criança beba por dia?


Dra. Camila: A recomendação do consumo de água para crianças varia conforme a faixa etária. Segundo o Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia, publicado em 2009 pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o consumo de água recomendado é de:

  • 7 a 12 meses: 800 mL (incluindo leite materno, fórmula e alimentação complementar);

  • 1 a 3 anos: 900 mL, como bebidas e água;

  • 4 a 8 anos: 1200 mL, como bebidas e água;

  • 9 a 13 anos: meninos 1800 mL, como bebidas e água, e meninas 1600 mL, como bebidas e água;

  • 14 a 18 anos: meninos 2600 mL, como bebidas e água, e meninas 1800 mL, como bebidas e água.

Por que é importante aumentar essa quantidade em dias quentes ou em caso de diarreia e vômitos?


Dra. Camila: Nessas situações é importante aumentar a quantidade de água ingerida pois há um aumento da perda de líquidos pelo organismo. Nos dias quentes há grande perda de líquidos, principalmente pelo suor, e se esse líquido não for reposto pode levar à desidratação. No caso de diarreia e vômitos, há aumento da perda de líquidos a cada episódio, os quais devem ser repostos para evitar a desidratação.


Quais os sintomas da desidratação infantil? 


Dra. Camila: Os sintomas de desidratação infantil são olhos fundos, encovados, ausência de lágrimas, boca seca, falta de saliva, pele com menos elasticidade e seca, urina concentrada ou em menor quantidade, irritabilidade, aumento da sede em um estágio inicial, passando para a incapacidade de ingerir líquido conforme a progressão da desidratação, associado à sonolência e apatia. Em bebês pode-se perceber afundamento da moleira.


E qual é a melhor forma de combatê-la?


Dra. Camila: Aumentar o consumo de líquidos – principalmente de água – em dias quentes, evitar exposição solar excessiva e manter a criança em ambiente fresco. No caso de diarreia e vômitos, aumentar a ingestão de líquidos, principalmente de água, e utilizar o soro de reidratação oral.


O que a desidratação pode causar? 


Dra. Camila: A desidratação na infância é um quadro grave que pode levar à internação hospitalar e, até mesmo, óbito.


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